domingo, 19 de abril de 2015

HABILIDADES SUBMISSAS - TOPPING PARA O PRAZER DO DOMINANTE

Texto traduzido do blog SubmissiveGuide
Escrito por lunaKM

A dinâmica de todos os relacionamentos é diferente. Se você segue este blog por qualquer período de tempo, você foi exposto a alguns relacionamentos muito particulares e os submissos dentro desses relacionamentos. Há submissos que são animais de estimação(Pets), alguns que são escravos, outros que, como você já leu recentemente, são vagabundas de caça para seus donos. Hoje vou falar sobre outra forma de submisso; aquele que eu acho que pode aparentar que tiveram seus papéis trocados.

Eu estou falando sobre o submisso que aplica a prática no dominante. Isto não tem nada a ver com topping from the bottom. Este é um acordo de papéis na cena em que o submisso aplica práticas no dominante durante o jogo. Não é tão incomum como se poderia pensar que um Dominante poderia ser masoquista e precisasse de um sádico para satisfazer as suas necessidades. Também é muito comum que submissos podem ser ou se tornar um sádico. Esta combinação pode florescer em uma dinâmica saudável para o casal.

Então, o que é topping? Topping, neste contexto é qualquer atividade sensual, sexual ou jogos em que submissos executam práticas em seus dominantes, agindo como Tops. Poderia ser bondage, CBT, spanking ou outras formas de causar dor. Poderia ser a negação sexual ou a hipersensibilidade erótica. Qualquer coisa que um sádico possa proporcionar a um masoquista.

O mito de que dominantes não podem, eventualmente, ser masoquistas, precisa ser compreendido. Sadismo e masoquismo são separados de Dominância e submissão. Eles são, de fato, ligados diretamente à sua personalidade sexual e não a sua personalidade mental. É por isso que o sadismo e masoquismo podem existir sem elementos de D/s. É puramente a perversão física que muitos de nós apreciamos.

Eu conheço uma Dominante que tem dificuldade em encontrar parceiros, porque ela não quer apenas uma submissa, mas também uma sádica. Ela quer alguém que possa direcionar para açoitá-la corretamente, ou amarrar os seios dolorosamente apertado. Se ela quer ser atingida com mais força, ela espera que o submisso obedeça. Submissos que estão dispostos a aprender as atividades de um sádico (e um feeling para ser Dominante-eventual apenas) são raros.

Agora pense sobre qual a impressão que você teria de alguém, se você visse amarrado à cruz e sendo açoitado, mas direcionando toda a cena quase golpe por golpe? O que você acha da pessoa que administra a flagelação, se silenciosamente e calmamente obedece às ordens do flagelado? Será que você acharia que ele(topping) não é muito Dominante ou que aquele na cruz não é um bom submisso? Bem, você estaria certo. Para este exemplo, o Dominante é o flagelado e o submisso está a empunhar o chicote. Para eles, isso funciona e é tão emocionante quanto o contrário. Julgar pode embaçar a sua percepção do que pode realmente estar acontecendo.

Em ocasiões pratico topping quando meu Mestre solicita. É parte do que torna a nossa relação única. Isso não foi fácil para mim porque eu tinha algumas das mesmas percepções que descrevi anteriormente. Eu pensei que, se eu executo práticas em meu Mestre, que eu não seria submissa ou que ele perderia seu domínio. Isso não aconteceu. Isso acabou ampliando meu conjunto de habilidades e me tornou valiosa para o meu Mestre. Ele sabe que, se o bichinho do masoquismo incomodar, eu vou servir como sua sádica até que a necessidade desapareça. Isso não faz dele menos meu dono e de mim menos submissa.

Aceitar o meu lugar nesse relacionamento exigiu muita reflexão e desenvolvimento do meu entendimento de que o sadismo e masoquismo são, como já descrito acima, completamente separados de nossos papéis dinâmicos. Ainda há momentos em que eu me pego na minha própria teia de confusões e o Mestre está ali, me ajudando a passar através delas. Como pode um top submisso? Como pode o Dominante realmente gostar disso? Estas são apenas algumas das perguntas que permaneciam passando pela minha cabeça. Felizmente eu o sirvo muito melhor do que antes e descobri que eu aprecio muito esses momentos.

Em última análise, isso significa que você tem que aprender a fazer as atividades solicitadas com segurança e bem executadas. Eu passei a ler sobre o que meu Mestre gosta e a aprender os aspectos de segurança, bem como formas de melhorar a execução das práticas quando ele as solicitar. Eu me deleito em meu novo aprendizado e abraço a chance de ampliar meu conjunto de habilidades. Esta é uma forma de servir que eu nunca pensei que eu estaria proporcionando.

Traduzido por Bia Baccellet

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