1 - BDSM é feito de KINKS Sadomasoquistas.
Coisas que para muitos são vistas como desagradáveis, mas para os praticantes constituem em algo que percebem como erótico ou sensual, misturam ao sexo, etc... havendo prazer mútuo para quem aplica e quem recebe.
Abuso é simplesmente um ato aonde uma pessoa se aproveita da outra, incluindo aqui a prática de crueldade na qual esta outra NÃO está tendo prazer. E sim, é possível alguém praticar "abuso à título de BDSM" (o que a Wilma de Azevedo classifica como os Sadomasoquismo Malicioso e Psicopático, em contraste com o Sadomasoquismo erótico).
Mas a distinção do efeito final é evidente.
Abuso - mesmo quando disfarçado de BDSM - resulta no mínimo em DESPRAZER, em EXPLORAÇÃO e no máximo em DANOS ao parceiro.
Obs.: Diga-se de passagem? A típica confusão feita entre o KINK - e aquilo que o originou - é um dos caminhos que leva ao "abuso à título de BDSM".
É aquela situação em que se tenta impor à alguém o papel de um escravo do mundo real confundido-se este com o escravo do BDSM ou algo similar.
2 - BDSM é LIVREMENTE CONSENTIDO.
Ênfase no livremente, que significa claramente que "tudo pode ser não só iniciado, como também interrompido à qualquer momento pelos praticantes".
E também significa que NINGUÉM PODE SER COAGIDO DE FATO À ABSOLUTAMENTE NADA nas práticas do BDSM.
Abuso? Pode ser até "consentido", quando alguém é induzido à aceitá-lo. Há sempre manipulação, constrangimento e/ou coerção nesses casos, onde o livre consentimento é minado.
Mas quase sempre não é consentido de forma alguma. Nesse casos é simplesmente imposto de forma autoritária, com ameaças, agressões, etc.
3 - BDSM é praticado com ZELO pelo parceiro.
Aqui as coisas ou são sãs e seguras, ou tem riscos responsavelmente calculados e aceitos. Mas nada constitui uma "total idiotice irresponsável", aonde hajam grandes chances de um dos envolvidos parar em um hospital, manicômio, cemitério e/ou cadeia - seja por um acidente muito fácil de acontecer inerente ao que é feito ou por objetivo da prática em si.
Abuso? Não tem qualquer preocupação com isso. É o oposto do zelo pelo parceiro. Aqui no mínimo o parceiro é reduzido à um objeto de uso (de fato, não como parte de um fetiche). E no máximo é um saco de pancada.
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