sábado, 22 de novembro de 2014

"NA BERLINDA BDSM" - CAMMY VERAS



No dia 10/10/14 às 21h, aconteceu a entrevista com a submissa Cammy Veras em nosso grupo do Facebook.

Abaixo a transcrição da entrevista.

Bia Baccellet: Iniciamos mais uma entrevista com a submissa Cammy Veras. Após a apresentação as perguntas estarão liberadas. Boa noite!!!!

Cammy Veras: Boa noite a todos! Sou a Cammy Veras Submissa inicante... perguntem não sou muito boa para falar de mim mesma.

Bia Baccellet: Como foi seu início no BDSM?

Cammy Veras: Bia Baccellet A princípio... 50 tons (juro que nunca mais repito isso em público). Após conheci os fundadores deste grupo (tive muita sorte) pessoas experientes e super responsáveis com quem pude vivenciar o BDSM dividindo experiências e cuidados. Hoje vivo o BDSM e tenho orgulho de ser submissa.

Mary Studart: Há quanto tempo nos estudos Cammy Veras?  Como foi para se conhecer submissa...

Cammy Veras: Mary Studart foram 4 meses, leituras e midias de sessões reais, esclarecimentos de muitas dúvidas com as pessoas que vivem o BDSM e me identifiquei com o prazer de Servir, agradar, conseguir realizar aquilo que satisfaz o Dom.

Rita De Cassia Longo Longo: Bom .. sei que essa pergunta pode ser meio que clichê .. mas vamos lá . em que momento da sua vida vc percebeu ou sentir que era uma Sub? e como foi pra vc vivenciar os conflitos que temos em relação a vida bdsm

Cammy Veras: Rita De Cassia Longo Longo quando passei a conhecer as práticas BDSM percebi que muitas delas eu já vivia no baunilha, sempre muito intenso e eu me identifiquei muito. Os conflitos surgiram e eu fui associando as práticas e tarefas para a minha vida baunilha de tal modo que me sinto uma nova mulher hoje.

Bia Baccellet: Qual a principal diferença entre o que você conheceu no livro e o que você vive real hoje?

Cammy Veras: Bia Baccellet o livro não mostra o BDSM de verdade, não mostra o que é servir qual o real prazer de vivenciar e desfrutar desse mundo. O livro para mim virou banal... nem recomendo.

Rachel Tolledo: O que você espera da pessoa que deseja lhe dominar?

Cammy Veras: Rachel Tolledo algo que aprendi é que a principal coisa para se ter sucesso em uma relação D/s é a Entrega, o cuidado, a atenção. Não basta dominar, passar tarefas e conferir se foi realizada... O Dom tem que passar CONFIANÇA tem que ensinar e moldar a Submissa dentro dos limites esperados para que evoluam juntos na relação e como pessoa também. Não importa se está perto ou longe, se fazer presente é ser muito maior que estar ao lado.

Mary Studart: Já sabe seus limites ... Práticas que não faria?

Cammy Veras: Mary Studart meus limites são chuva grega e marrom, sangue, corte, sufocamento, minha vida baunilha ser colocada em risco.

Bia Baccellet: Durante seus estudos, você idealizou a prática BDSM? O resultado de praticar correspondeu ao esperado? Fale sobre as suas primeiras impressões de sua experiência(ainda que pouca).

Cammy Veras: Bia Baccellet sim, pratiquei de forma virtual a princípio, sempre me dedicando as tarefas e associando-as à minha vida e ao momento que eu realizaria na sessão real, assustei-me a princípio com algumas coisas mas sempre acreditei em mim mesma e nunca disse NÂO. Me orgulho de tudo que consegui realizar apesar da pouca experiência. Isso foi me moldando e me fortalecendo. A minha primeira prática real foi intensa, cuidadosa e inesquecível, foi como eu imaginei que seria dentro das limitações existentes.

Rachel Tolledo: Sei que és uma submissa carinhosa, atenciosa e dedicada. Quando entra num relacionamento D/s, espera que o D corresponda essas suas características? Ou seja, sua entrega, é condicionada?

Cammy Veras: Rachel Tolledo Não espero um NamoraDom mas espero o mínimo de afeto que possa existir dentro do Dom. Aquilo que eu ofereço é o que eu tenho de mais precioso, é a minha entrega por inteiro, é minha alma, eu sirvo o Dom em todas as suas necessidades dentro do que são meus limites e espero que ele pelo menos reconheça isso e entregue-se como Dom no objetivo de me fortalecer e evoluir junto com ele.

Rita De Cassia Longo Longo: Sei que quando descobrimos o BDSM as vezes nos achamos meios que loucos .. em algum momento passou isso pela sua cabeço ? e qual o seu sentimento quando termina uma sessão ?

Cammy Veras: Rita De Cassia Longo Longo a princípio sim, não estava habituada com esse estilo de vida e confesso que compartilho das coisas que eu gosto e muitos que estão por perto me acham louca (rsrs) mas eu não me importo porque sei qual é o real prazer. O sentimento após a sessão é o melhor que pode existir, me sinto leve, me sinto bem e muito muito feliz.

Gabriel SrRasputin Souza: Cammy, uma pergunta meio que padrão: Quais práticas te agradam mais e quais são seus limites?

Cammy Veras: Gabriel SrRasputin Souza Gosto das mais comuns Spanking, wax play, fisting, bondage, pet play, plugs, Dominação psicológica, exibicionismo, tarefas desafiadoras... Os limites já foram respondidos em outra pergunta.

Bia Baccellet: Que características procura num possível parceiro? Como "encantar" a Cammy Veras?

Cammy Veras: Bia Baccellet O Dom para me ter como submissa tem que me passar confiança, verdade, saber me guiar, ser sádico, cuidadoso e presente. Nem sempre a experiência diz tudo..

Nina Souza: Cammy Veras deixaria sua vida baunilha para viver somente o Bdsm?

Bia Baccellet: A ideia de unir o BDSM e o baunilha é algo plausível pra você hj?

Cammy Veras: Nina Souza e Bia Baccellet não é preciso abandonar o Baunilha para vivenciar o BDSM. Estou em Consideração com meu marido hoje, estamos nos descobrindo juntos no BDSM sem perder o brilho do baunilha mas vivendo de forma muito mais intensa...

Mary Studart: Sobre irmãs Cammy Veras oq acha sobre isso? ....

Cammy Veras: Mary Studart não é um limite para mim irmã de coleira, porém a transparência é fundamental. Não aceito que tenha milhares de submissas espalhadas às escondidas. Uma irmã de coleira tem que ser alguém de confiança, que compartilhe das mesmas idéias, que se entregue da mesma forma e que respeita a particularidade de cada um dentro da relação. Nem melhor, nem pior... cada um no seu quadrado. Lealdade acima de tudo.

Rachel Tolledo: Vc diz estar em consideração com seu marido.  Como reagiria se ele lhe impusesse uma irmã de coleira?

Cammy Veras: Rachel Tolledo reagiria numa boa, já conversamos sobre isso. para mim não é um limite como eu havia afirmado... ele prefere não ter mais alguém na relação mas o deixo aberto caso queira. Consigo dividir as coisas.

Bia Baccellet: Se vê entrando então na possibilidade de sua relação se tornar poliamorosa ou será apenas uma irmã para praticar, sem envolver afetivo?

Cammy Veras: Bia Baccellet para praticar apenas.

Morenah Kesabel: Boa noite à todos, Cammy Veras qual sua opinião sobre a "banalização" do bdsm devido a internet, Ela (a internet) ajuda ou atrapalha?

Cammy Veras: Morenah Kesabel tem seus prós e contras, tem muita gente mal intencionada que acaba aproveitando-se da entrega de pessoas "inocentes" (apesar de que niguém é obrigado a nada) mas a internet ajuda muito e no meu caso só tenho boas referências, fiz muitas amizades boas e aprendo muito por aqui.

Rachel Tolledo: E vc Cammy Veras gostaria de ser compartilhada?  Ou seja oferecida pelo seu dono à outro homem?

Cammy Veras: Rachel Tolledo em sessão não vejo problema. Nunca vivi mas acho que seria interessante dentro do que pode ser considerado SSC.

Edu Castellini Dourado: Cammy Veras Boa noite...!!!  Como amigo sei que mora longe do eixo SP\RJ e gostaria de saber se isso atrapalha de certa forma o acesso ao BDSM...? E se dificulta, como supera isso..?

Cammy Veras: Edu Castellini Dourado sim atrapalha, acredito que se vivesse mais próximo haveriam muito mais possibilidades. Convívio, eventos, acesso à locais apropriados... com certeza dificulta. Diminuo essa distância dividindo experiências pelas redes sociais, acompanhando as novidades, conversando com os amigos experiêntes... E encontrando-os quando possível!

Bia Baccellet: Você disse que teve sorte de encontrar pessoas pra te aconselhar, praticantes reais. Isso foi fundamental pra sua evolução e aprendizado?

Cammy Veras: Bia Baccellet COMPLETAMENTE FUNDAMENTAL pois foram pessoas de muita responsabilidade, mostraram o BDSM de verdade, compartilharam comigo cada medo, cada dúvida, cada felicidade. Sou grata por tudo que vivi e vivo com os amigos por quem tenho muito carinho. Nunca me senti sozinha e apesar da distância sempre me senti muito próxima e essa relação de carinho, cuidado e afeto é muito importante quando se inicia. Saber que tem com quem contar.

Karla Romero Castellini Dourado: Muitas vezes idealizamos muito, e na prática acaba nem sempre sendo igual ao que imaginamos. Disse que começou no BDSM virtualmente e que depois de algum tempo experimentou o BDSM com uma sessão física. Gostaria de saber como foi essa experiência, deixar o mundo particular que acabamos criando enquanto idealizamos as coisas e sentir literalmente na pele. Mudou alguma coisa? Alguma prática idealizava como algo gostoso e no real não gostou tanto assim (ou ao contrário)? etc....

Cammy Veras: Karla Romero Castellini Dourado sim, a primeira experiência foi muito boa mas deixou o gostinho de "queria ter feito" de algumas práticas como o fisting anal, shibari (acho lindo)i e suportar mais o figging, minha experiência com ele foi uma lástima é Algo que eu pretendo superar realmente.

Marcia Leite: Boa noite Cammy Veras...eu fui prova de como o BDSM.... Iluminou sua vida, estando perto de pessoas que pratica. Teria coragem de se envolver ....apenas, depois de ler alguns livros?

Cammy Veras: Marcia Leite não teria principalmente por viver longe da "Civilização BDSM" e por medo de me entregar a alguém que não conhecesse.

Bia Baccellet: Praticar com seu marido (envolvendo o afetivo) já mudou alguma coisa em sua relação no baunilha? O que de positivo ou negativo o BDSM já agregou em sua vida?

Cammy Veras: Bia Baccellet está sendo algo muito gostoso de vivenciar. Tenho mais conhecimento sobre o assunto mas vejo o quão envolvido ele está. Sinto ele mais presente, controlando, cuidando orientando... Sendo severo se necessário. Estou conhecendo um novo homem e isso trouxe uma paz e uma felicidade que só nos aproximou ainda mais. Estou muito orgulhosa dele e agradecida a quem o está mentorando.

Bia Baccellet: Então pra você o BDSM é completamente compatível com amor?

Cammy Veras: Bia Baccellet não deixa de ser. Não há como não envolver sentimento quando se entrega. Na relação atual estamos dividindo as coisas mas o afeto só tem aumentado e quando se ama alguém... nada como confiar e permitir-se ser feliz.

Marcia Leite: Cammy Veras..VC é bi sexual...teria relação com uma irmã de coleira, ou se submeteria a uma dominadora?

Cammy Veras: Marcia Leite nunca tive experiência com mulheres, mas acho que tudo é possível. O prazer é totalmente possível dentro de quatro paredes en qualquer sexo. Se existisse a química me envolveria e me submeteria sim. Nunca digo não ao desconhecido.

Bia Baccellet: Tem vontade de dominar em algum momento? Mesmo que não seja com seu parceiro atual, vontade por exemplo de dominar uma mulher, ou se considera completamente submissa?

Cammy Veras: Bia Baccellet eu sinto sim vontade de dominar mas não sei se conseguiria... é algo a desenvolver e pensar muito bem.

Bia Baccellet: Sei que é exibicionista. Seu Dono também compartilha do fetiche ou ainda está em fase de descoberta?

Cammy Veras: Bia Baccellet ele está em fase de descoberta, mas eu pretendo desenvolver isso na relação. Nada melhor do que poder exibir o prazer...

Bia Baccellet: Finalizada a entrevista!!!! Muito obrigada Cammy Veras por participar conosco!!! Que seja feliz em suas descobertas no BDSM!!! Aos demais boa noite e até a próxima!!!!!


As entrevistas acontecem semanalmente em nosso grupo do Facebook.

Link da entrevista original:

Para ter acesso é necessário ser membro do grupo.


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